Museu Anhanguera – Casarão Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo

Sobre a instituição

Construída no século XVII, no auge do bandeirismo, a análise do que restou do edifício – reduzido para a construção do casarão contíguo, no largo principal da então Vila de Parnaíba – indica que ele foi habitado por pessoa de destaque. Das poucas casas bandeiristas que sobreviveram, ela é a única construída em ambiente urbano, fato evidenciado pela ausência, na fachada principal, do quarto de hóspede, varanda e capela, estruturas comuns às casas bandeiristas rurais. Construída em terra crua, taipa de pilão e pau-a-pique, ela resguarda elementos construtivos típicos do período, como os cachorros entalhados que sustentam o beiral e as conversadeiras, logo abaixo das janelas. A Casa abriga peças que remetem, em sua maioria, ao cotidiano das vilas planaltinas e que nos possibilitam entrever alguns hábitos daquele período. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, em 1958, e restaurada pelo mesmo órgão no ano seguinte, a Casa serviu de inspiração, (palco), em 1960, para a criação do “Dia do Bandeirante”, que passou a ser comemorado na data de elevação de Santana de Parnaíba à vila – 14 de novembro -, por meio da solicitação do poeta Paulo Bomfim ao então governador do Estado de São Paulo Carlos Alberto A. de Carvalho Pinto. Dois anos depois, o edifício passou a abrigar o Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhangüera, bandeirante nascido em Santana de Parnaíba e contemporâneo à construção do imóvel, ao qual se fez esta justa homenagem. E, finalmente, em 1982, todo o Centro Histórico da cidade, incluindo a Casa do Anhangüera, foi tombado pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado.